:: Piscina ::

Não fazia ideia de onde estava indo, mas cheguei na piscina e me sentei perto dela, com Kathe do meu lado.

Levantei e dancei um pouco com ela, ao som de uma música lenta. Então um sorriso maroto surgiu em meus lábios.
Segurei sua cintura e me joguei na piscina, e ela foi junto.

Quando pude voltar a superfície, peguei sua mão e a puxei para debaixo d'água. Quando estávamos no fundo, cheguei perto dela,obrigando-a a ficar lá embaixo por alguns segundos, e então subi de volta, puxando sua mão. Ela estava sem fôlego, e suas unhas estavam penetrando a pele em meu ombro.
Então tentei beijá-la.

Quando minha boca se aproximou da sua, ela saiu de perto de mim e, como se nunca tivesse me conhecido, ela saiu da piscina. Sai atrás dela e peguei seu braço, e a fiz ficar de frente para mim.
- Quando vou poder te ver de novo?

Peguei o celular dela, que ainda tocava Iris, do The Goo Goo Dalls. Não dava pra colocar no bolso, porque ele estava completamente molhado. Me dirigi até o meu quarto, rezando para não molhar demais o celular.

A garota estava totalmente de preto uma coisa bem estranha já que estava sol, ela foi andando até a piscina distraída quando viu o senhor “pintor” e uma garota que não conhecia. Ao se aproximar mais ela pode ver o corpo de Peter então pensou no que fazer.
- Olha o senhor “pintor” agora ta exibindo seu corpo. – a garota riu um pouco e se aproximou da menina. – Prazer Kathe Allen e você?

Ela andava com calma pelo recinto, logo após sair do quarto que dividia com Samantha. A ideia a deixava um pouco sem jeito, uma vez que havia tido a visão da morte de sua companheira de quarto. Ok, disse a si mesma. Você precisa relaxar um pouco. E foi o que procurou fazer. Vestiu uma jeans preto, seu preferido, colocou seu all star preto também do tipo com cadarço elástico, uma blusa vermelha que possuía alguns detalhes de caveira espalhados, com uma estampa escrito Sweet Horror. A blusa já era um pouco antiga também, até um tanto mais infantil para a idade da garota, mas ela não se importava. Afinal, fora um presente de seu pai no aniversário de quinze anos, logo antes de ele morrer (sim, ela não crescera tanto dos quinze aos dezessete).
Andava pelo corredor que ela batizara de “O do Tapete Vermelho”, no qual ainda causava arrepios. Era aquele que tinha visto em sua visão. Foi andando mais um pouco, procurando a piscina. Precisava relaxar e ali seria perfeito. Logo antes, havia um banheiro aonde ela pode se trocar, olhando para seu maiô preto (pôs uma nota mental de colorir mais suas roupas), do estilo quase biquíni. A parte superior se juntava com a inferior em apenas uma linha de tecido que passava por sua barriga.
Avançou para piscina, pulando na água e deixando com que cada gota d’água preenchesse seu corpo e cabelo; cada gota gélida, entretanto, refrescante. Ficou um tempo submersa, ainda sentindo o impulso de seu salto de ponta lançá-la para frente lentamente. Fez um pequeno nado no estilo golfinho, conseguindo chegar a outra borda da piscina em poucos segundos. Sim, nadar era o que mais gostava de fazer. Fez a volta, respirando ao dar a virada, e logo pegando impulso para voltar novamente.
Foi quando avistou, a apenas alguns metros dela, um corpo. Parou, emergindo a cabeça da água. Era o garoto Peter, o qual encontrara no dia anterior.
– Desculpe. Não vi que havia mais alguém. – Ela balbuciou. – Apenas cheguei e pulei.
Olhou para o lado localizando a garota Charlotte e uma outra desconhecida. Não estava afim de se apresentar, portanto, deixou que, se ela quisesse, ela mesmo que faria isso.
Voltou seu olhar para Peter, notando enfim, o garoto sem camisa. Ele era de uma beleza realmente incrível, ela pensou. Deixou os pensamentos irem ao longe ao contemplá-lo por alguns segundos. Ele mal notara sua maior atenção nele.
– Gosto da água. – Ela se viu falando, como até já tivesse alguma intimidade com os ali presente. – Acho que me traz uma sensação de maior tranqüilidade, aonde sei que posso ficar com meus pensamentos. Não sei. – Ela balançou seus ombros por fim.

- Essa chave. - disse a garota as rodando no dedo. - Se quer vem pegar. - a garota riu e se afastou da piscina. - Sabe eu quebrei mais alguns quabros, o que me deu mais prazer ao quebrar foi um de um homem e uma mulher ambos nus e ela com um olhar bem triste.

Ao ver que os outros já possuíam um assunto que Penn boiava, voltou a nadar, sentindo a água passar pelos seus cabelos e maio. Era rápida naquilo, portanto logo estava de volta no mesmo ponto que saíra. Emergiu da água no momento em que a garota-do-nome-desconhecido dizia algo sobre ter quebrado um quadro. Virou a cabeça, vendo o Peter mostrar uma raiva cada vez maior em sua face. Ficou preocupada, mas não houve tempo para fazer alguma coisa.

Ela soube desde que vira a expressão dele que algo sairia do controle. Ele parecia que iria matá-la; com certeza, essa era sua intenção. Porém, pelo que ela conseguia ouvir, sabia que sentiria o mesmo ódio. Aquela garota parecia estúpida, meretriz, qualquer coisa do tipo. Não só por aquilo, mas o jeito que ainda cuspia as palavras na face do garoto, irritando--o ainda mais.
- Merda. - Murmurou baixinho.
Então, como em um impulso, ela os encarou abertamente, usando alguma espécie de ilusão em seu corpo que os fizeram voltar suas vistas para ela. Se levantou da piscina andando calmamente, mostrando-se segura.
- Vamos tentar comunicar com os dois infantis aí. Principalmente, você, garota. - Acrescentou, olhando para a menina que ainda estava sendo sufucada. - Isso é ideia de pessoa insana, completamente. Que diabo de ideia você tinha na cabeça, hã? Destruir o quadro dele? Para quê? Conseguir só mais problemas para todo mundo que já está enfiado nessa porra de inferno? - Ela soltou as palavras sem perceber. - Está feliz agora por destruir essa coisa que parecia significar tanto para ele? - Repetiu, tentando trazer ênfase na frase. - Espero que você consiga aprender alguma coisa por reformular seus próprios atos ridículos.
Então se virou para Peter. Ela não poderia deixar ele causar também mais algum problema.
- Você pode estar com raiva, certamente. Mas você mesmo disse que precisamos achar um jeito de sair daqui. E acho que matando alguém não vai ser o melhor jeito, concorda? Não sei o que realmente aguarda-nos nesse inferno, mas creio que precisamos de um bom número de pessoas para bolarmos alguma coisa. - Finalizou por fim, esperando que o garoto soltasse-a. Afinal, não poderia se meter, se realmente fosse a vontade dele fazer aquilo, ela já havia dado sua palavra.

A garota entrou na area da piscina apenas com eu biquine preto, ela pegou e esticou sua toalha na borda da piscina e se deitou tomando sol nas costa, ela fechou os olho e relaxou.