:: Refeitório ::

Depois de sair da biblioteca, Penn caminhou até o Refeitório, não se esquecendo de levar o livro que pegara na Biblioteca: Cidade dos Ossos. Por fim, sentou-se na mesa, mesmo que não fosse para comer, e o abriu, voltando a ler aonde estava.

Ela continuou seu olhar no livro, beliscando um pão de queijo que achara. Ouviu uns passos mas não levantou a cabeça, até que percebeu que a voz estava se dirigindo a ela. Levantou os olhos e viu uma garota um pouco mais ao longe, com um garfo na direção a boca, mas com um olhar desconfiado.

- Bem, eu espero que não. - Penn deu um sorriso meio sarcástico. - Até agora, esse pão de queijo aqui não me deu alguma parada cardíaca. - Comentou, e terminou-o em uma próxima e última mordida, para depois limpar as pontas dos dedos de leve.

- É uma garota - disse Jace, recuperando a compostura. - Você certamente já viu garotas antes, Alec. Sua irmã Isabelle é uma. . Leu Penn, deixando um sorriso irônico transpassar seus lábios. Cada vez mais gostava daquele personagem. Por fim, levantou os olhos novamente a garota.

- Comida envenenada seria apenas o que faltava por aqui. - Bufou ela. - Sou Pennyweather, e você, garota? - Perguntou, tentando ser gentil com ela. Dessas semanas que ela passara no colégio, já havia dado de cara com todos. Mas ela, não. Ela devia ser uma novata por ali.

- Se você tivesse metade da graça que acha que tem, meu rapaz, seria duas vezes mais engraçado do que é. Dizia na próxima cena do livro.

Penn percebeu que a garota parecia não saber o que era que ela comia. Isso a fez dar um leve sorriso, pegando a bandeja com os dois pães de queijo que restavam e sentou-se mais perto dela.

- Ah, é muito bom. Se quiser experimentar... - Ela ofereceu, balançando os ombros. Então ouviu que a garota perguntara sobre o país. É claro, ela devia ser estrangeira, pelo sotaque. Só que Penn havia ainda não identificado. - Estados Unidos, por quê?

Penn respirou fundo. Então a garota era realmente nova. A expressão dela mudou, ficando um tanto mais séria. Já a de Alexandra parecia um tanto desesperada.

- Todo mundo se pergunta o que está acontecendo aqui. Aconteceu com todos. Acordei há algumas semanas, mas eu já era dos Estados Unidos. - Respondeu, lembrando da última noite que esteve fora dali. - Bem, todos aqui, pelo que sabemos, tem poderes. Você os tem, não é mesmo? - Ela perguntou, sabendo que ela assentiria. - Alguns de nós estão se unindo para qualquer coisa que aconteça. Eu estou junto nisso. Afinal, aqui é tão perfeito. Perfeito demais... é estranho, entende?